terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Madrugada

Cheiro da madrugada


Que se despede desse dia

Nas orvalhadas que caem

Madrigais, Sinfonia

Passarinhos se espreguiçam em seus ninhos

Anunciando o nascer de uma nova esperança

A brisa fresca da manhã

O perfume de uma flor

O sol desponta no horizonte

Em meu peito nasce o amor

Esse êxtase estonteante

Destilando em mim fantasias

Segue a manhã adiante

Segue tu em meu corpo...poesia

Agua Fria

Água fria que escoa da pedra altaneira


Molho meus pés, mergulho acariciando com as mãos

Deitando aqui na beira vejo meu rosto reflexo tão límpido

Escuto um bem-te-vi a cantar

Aqui ele é livre

Nada é proibido

Água fria da cascata que desemboca aqui no rio tão sereno

Bom é ouvir o som das águas dispersando pelo oceano

Água fria numa manhã sem sol

Sem mágoas sem tristezas

Observo tanta beleza

Continuo aqui sentada

Nessa fantasia abstrata...correnteza

Quaresmeiras!

Quaresmeiras imponentes




Nos quintais dos velhos casarões

Nas ruas nas esquinas nas varandas

Nas vielas coloridas de Mariana

Recosto meu corpo em sua sombra

Repouso o meu cansaço

Confidente da ausência dos abraços

Olhando assim tão frondosa

Encontro minha Paz

Nas suas flores roxo tão claro

Um tom de saudade de cor lilás

Quaresmeiras da porta da igreja

Nas praças por toda parte é companhia

És enfeite das almas saudosas

É prosa ,eu poesia

Insônia

Quando a insônia toma conta velando a noite inteira


Ouço as folhas estremecendo entre a flor de laranjeira

No aroma que dela exala das pequeninas flores e das rosas penetrando na alma

Deixando a sama perfumada



Sem meu sono sem meu nada

Tendo a som da madrugada

Cai uma lágrima orvalhada, eu aqui ainda deitada

A escuridão se evapora, dando lugar a alvidez da manhã

Embora em meu peito ainda seja noite ,carrego-te comigo como talismã, que sorte ainda não me propicia,mas como adorno não arranquei.

Sinto a brisa cortante e fria de um a sonho que sonhei

Ventania

Não ouvi a ventania


Nem vi o clarão da Lua que

Batiam na porta dos fundos

Ventania languida, luar que ilumina

Veio com o calor , ardente tentação

Veio com o frio , água de grotão

Me dê ajuda , quero tua mão

Me dê conforto, quero teu colo

Não ouvi as batidas da ventania

Veio como fantasia , pela vida a nascer

Veio como esperança , de um amor a crescer

Me dê o silêncio, o vento parou extenuado

Não abri a porta por medo, mas pela fresta entrou inundando meus desenganos

E eu fiquei prostrada nesse amor insano