terça-feira, 20 de abril de 2010

DESENCANTO

Desencantou...



É título de livro


É pausa num retrato colorido


É rima de poesia


É pintura numa tela vazia


É mar que quebra na praia infinda


É canções tocadas de encontros e despedidas


É aroma das sempre vivas


É frescor da lua refletida


É saudade infinita


É dor oculta escondida

JANELA PARA O MUNDO


O que vale mais que esse poema?


O que vale mais que ver a açucena caindo tão pequena,?


Um colibri sobrevoando o jardim?






O que vale os segredos nas rimas ,nos decassílabos?


Talvez seria mais valiosa a rosa que nasce na rua


Pulsando no asfalto do que aquela que enfeita o centro da mesa






O que vale são coisas tão pequenas


Que vale mais que esse simples poema,


Abrindo a janela para o mundo

Inteira


Eu já mergulhei bem fundo do que se poSSa imaginar


Já voei tão alto que jamais poderia alçar outro vôo igual


Já fui bem mais além dos limites desse quintal


Dessa estrada desse mundo


Tirei os pés do chão


Ou talvez tenha tirado o chão pra pisar nas nuvens


Sem perder o fôlego,


Sem perder o rumo


Sem me perder