quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Se ame

A mulher precisa se sentir amada...
nem que seja por ela mesma!

Apagão


Depois de passar horas num trânsito de caos, sinais apagados


Buzinas tocando, barulho de freadas

Finalmente se chega em casa ou pelo menos na portaria

Ai começa mais uma etapa dessa via crucies, morar na cobertura

Quem ficou em casa aparentemente ficou ilhado dentro de uma apartamento cercado de escuridão por todos os lados

E eu aqui na portaria tentando pegar coragem pra subir, preparando o fôlego pra encarar 10 andares.

O porteiro já tinha um estoque de velas pra oferecer a quem se aventurasse. Vamos lá a subida parecia mais uma procissão, estranho é que moro a tanto tempo nesse prédio e nunca tinha feito um tour pelas escadas, mas a procissão seguia a luz de velas

Ufa! finalmente cheguei ao meu destino, toda suada, com caibra na batata da perna ,a vela acaba e agora é uma luta pra achar o buraco da fechadura, mas acabei encontrando.

Abro a porta acabo tropeçando no tapete , piso no cachorro ,dá vontade de falar uma palavrão daqueles...e falo, mas só depois de chutar a mesinha. Lembro que tenho uma lanterna na bolsa , só agora que lembro parece que no escuro a gente pensa menos. Bom agora é tentar lembrar em que gaveta coloquei aquele pacote de velas que a empregada comprou semana passada...bendita empregada. Ela sabe que aqui no Rio quando chove sempre há queda de energia

Bom, achado as velas, o jeito agora é ligar o rádio do celular pra saber das notícias antes que acabe a bateria e desligar todas as tomadas...vá que volte a luz e queime minhas coisas.

O calor é intenso o jeito é tomar um banho a luz de velas, ai eu lembro :Será que ficou alguém preso no elevador?

Alguém que sofra de claustrofobia ,sindrome do pânico...deve ser horrível e eu aqui reclamando do calor, da topada na mesinha.

Na rádio o locutor diz que até tem um toque poético o apagão...só se for pra ele, ele diz que a muito tempo não via um vaga-lume e só assim ele viu...porque ele não vai pro interior lá deve Ter um enxame de vaga-lumes , melhor que o zum-zum-zum dos mosquitos sugando meu sangue.

O jeito é parar de reclamar e passar repelente , e nisso já se vão 3 horas , dormir nem pensar ,com esse calor fica difícil .O jeito é pensar na vida, já que os telefones estão mudos tb ,não dá nem pra fazer uma fofoca.

Ai a gente chega a conclusão que o progresso nos facilita muito a vida , porem até hoje ainda se discute o real motivo desse apagão.

Depois de 4 horas no vazio e na escuridão absoluta, chega a luz>Agora é hora de comer alguma coisa , escovar os dentes e tentar dormir. Sem esquecer de rezar pedindo a Deus pra que amanhã não tenha outro apagão

domingo, 15 de novembro de 2009

Sliêncio

Se o silêncio é mudo, porque só nele que eu te escuto?


Se o silêncio é escuro,porque só se nele eu posso te ver?

Se o silêncio é abstrato ,incerto

Porque só nele te sinto aqui tão perto?

Amor Novamente

Quero sentir no fundo da alma


Eu preciso sentir esse amor em minha vida novamente

Eu quero Ter a esperança desse amor voltar inteiro

tão perto que está ainda em nossos corações

Minha vida precisa desse amor

Sei que não é fácil, mas quem disse que o amor não é complicado

Quero sentir mais uma vez esse amor, ouvir que ainda me ama

Viver esse calor que sentimos quando nos beijamos

Quero sentir meu coração vibrar novament

Jarrinha de flor

Não me jogue num canto qualquer


Já me colheram do meu canteiro

E me colocaram nessa jarrinha

O lugar até que é agradavel

Minha água está sempre fresquinha

Não me joguem num canto qualquer

Já que me quiseram natural pra meu aroma a sala invadir

Seria até normal se colocassem uma artificial

Mas já que estou aqui em botão ou não

Não me joguem num canto

Mas me guarde em seu coração

Jarrinha de flor no centro da mesa

Sentada no café de uma livraria, bastante acolhedora, com mesinhas e jarrinha de flores ao centro,


Você pode fazer várias coisas,, por exemplo: começar a ler um livro que acabará de comprar ,ou tomar uma xícara de café ou até mesmo um chá...ou simplesmente ficar observando

Eu acabei fazendo um pouco de cada .Enquanto desfolhava o livro que tinha acabado de comprar tomando um pouco de café nos intervalos.

Mas algo me chamou a atenção, não sei o porque confesso, mas acontece do nada...

Um casal comum como tantos outros entrou pelo café e sentaram-se a minha frente. O que achei estranho é você entrar numa livraria com uma única intenção ;a de comer, não se alimentar de cultura mas forrar o estômago mesmo

Bom cada um faz o que quer come onde lhe apetece .Mas o que mais me incomodou realmente, foi que no instante em que chegou a refeição ,eles pediram veementemente a garçonete, que tirasse aquela jarrinha do centro da mesma.

Foi um pedido mas parecendo uma ordem, um, desdém a tão indefessa flor.

Porque não colocar a jarrinha no cantinho da mesa?

Será que se fosse um jantar a luz de velas eles tb mandariam tirar o castiçal do centro da mesa?

Bom pode parecer falta do que fazer, minha é claro, mas mexeu comigo esse ato e pra não perde o costume nasce mais uma poesia

Narrativa Arnaldo Antunes)(

Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotadamente


Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidade

E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saia delas

Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido

Sentia um acréscimo de estima por si mesma

E parecia-lhe que entrava enfim

Numa existência superiormente interessante

onde cada hora tinha o seu encanto diferente

cada passo conduzia a um êxtase

e a alma se cobria num luxo radioso de sensações.

Frederico Garcia Lorca


Não se esqueça de mim! disse Frederico ao ver o menino ir embora


Cercado da luz da aurora

Garcia sou, e ainda dizem que sou mais perigoso com a caneta na mão, com que um revolver empunhado

,Prenderam –lhe o corpo mas a alma flutuava

Porem mesmo que ninguém saiba o que é a poesia

Seguia a voz que com ele caminhava

A voz de um amor que bate a janela

Era pela vida apaixonado pela escrita aficionado,

E mesmo quando eles diziam que sua vida nada era

Isso agora não importa ,pois diante do pelotão de fuzilamento e de costas

Ele grita:

- Sou Frederico Garcia Lorca