domingo, 3 de março de 2013

Vidraça


A vidraça da janela salpicada dos pingos da chuva
Lá fora a vida nascendo, flores em botão se abrindo.
Folhas secas que de cima caíram agora vão pela chuva levadas como um barquinho
Chuva inundando o quintal molhando roupas no varal
Ninguém lá fora ninguém pelo caminho
Raios e trovoadas...

 Sinto-me aqui cansada
Eu posso ver através da vidraça salpicada de chuva
Eu posso ver aqui por dentro de mim também
Essa tempestade esse temporal
Que faz só crescer desabrocha em amor
Inundando minha história deixando-a encharcada
Escorrendo pelas vielas do meu corpo num barquinho de folhas caídas às vezes me deixando calma
Trovoadas acelerando coração
Relâmpagos  clareando a alma apaixonada

ATÉ QUANDO




Até quando terei que aguentar?
Eu sei que prometi que seria forte, mas como sem tuas mãos aqui pra me sustentar?
Essa distancia fere mais do que se pode imaginar
Até quando terei que superar?
Eu sei que eu prometi que seria fácil, mas como pude prometer se você não pode me ensinar?