sexta-feira, 4 de junho de 2010

Verde Ramaria

Verde Ramaria

Que me concede mais uma poesia

E pela estradinha desenhando em ziguezague aterrada

Lá se vai a Romaria

Tão longe vai que já nem mais escuto a cantoria

Clamando e chorando seus ais na languida melodia

Agora nesse momento sinto apenas a aragem,

balançando um sino preso na janela

E um pequeno giro do cata-vento de folhas de seda amarela



A verde ramaria ainda brilha tendo a ventania nas folhagens

Logo anuncia uma chuva ao entardecer

E me concede novamente força pra caneta fremente escrever

E assim a chuva desce assentando o pó da estradinha ao longe

No ziguezaguear encharcando a verde ramaria

dando viço as folhagens e aos pastos fertilidade

E vida a poesia



Ei! Alguém corre lá no quintal, pra tirar as roupas pendurada e já encharcadas no varal

E depois entre na varanda , que a chuva não abranda e já é temporal

E pela vidraça eu contemplo ,ouvindo o cantar do vento a paisagem acinzentada

E mesmo o tempo fechado

Pela vidraça separado

Ainda entra o aroma de terra molhada

E a verde ramaria como nunca se esconde

Traz inspiração aos montes

De mais uma rascunhada

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pescador

vou deixar de ser trovador


e vou pescar emoção

e vou sonhar como pescador

fisgar um meigo coração

Um meigo coração que já foi fisgado

Mas que pelo pescador ainda não foi notado

Um pescador que sonha

E que trova sem temor

Que pesca e escreve com o anzol lindos versos de Amor!



Parceria com o amigo Pedro!

Silêncio das águas

No silêncio das águas

O poeta pesca muito mais que palavras, pesca emoção

Que estão sutilmente mergulhadas

no fundo de um rio lançadas , junto a solidão

A Poesia

Não entristeça ,minha poesia


Ela não é só minha, é do mundo

Ela não é só sua é de todos



É o que eu tenho de mais profundo



Não machuque mais minha inspiração

Ela não me pertence



Ela vem de tudo que vejo e vivencio

Da minha escrita você não é o único caminho

Não vou me calar

Quando encontro teus olhos o mundo lá fora silencia


Tenho tanto a dizer mas também me calo e nasce mais uma poesia

Me calo porque tenho medo de falar

Mas se o mundo se cala e você sorrir, é sinal que você não quer ler quer me ouvir



Quando seus olhos me encontrarem novamente

Não vou me calar

Vou falar que te amo incondicionalmente

E sempre vou te amar!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Campo de Girassol


vGirassol



Meus olhos se perdem


No infinito desse campo repleto de girassóis


Na esperança, na dança da luz na magia do vento


Na neblina da manhã


Nas flores que ainda irão crescer


Eu queria era voltar a ser criança


E por esses campos correr


Pra sentir o vento e os girassóis lambendo meu corpo acariciando sem medo


Eu queria voltar nesse lugar


Onde nunca fui


Onde apenas meus olhos foram fechados e sonhando.

Neblina

Eu viajo na neblina



De uma tarde escura e fria


Sentindo o cheiro de terra molhada


Vendo a chuva chegando e caindo sorrateira


Vejo o verde mais verde


O cinza descortinando a tarde


São cores de inverno em pleno verão na minha frente


E isso me acalma, renova faz os pensamentos se moldarem no seu tempo






E tudo entra em seu prumo






Uma tarde de neblina me faz companhia

Vou Dentro de Mim a Sombra Procurando(Fernando Pessoa)


Desenrolando dúvidas e certezas


Respostas talvez irei encontrando

Nesse meu vasto mundo insano

Procurando nas sombras ,procurando

Tudo vou espalhando , não me importando

Porque se cair depois vou catando

E cada coisa , desejos no lugar colocando

E cada vez mais me aprofundado

Até encontrar a mim mesma

Sem respostas me revelando

Sem saber de anda ainda continuo a sina

Procurando ...procurando...

Nele

É nele que me inspiro



Nesse amor infinito


Mesmo mal resolvido


Num sorriso tão lindo


Nesse olhar que eu acredito






È nele que me invento


Nessa verdade que só eu compreendo


Numa explosão de sentimento


Na fúria de um tufão, na suavidade do vento


Porque sei que não é só de momento






È nele que me acho


Nessa procura por fora e por dentro


Por todos os espaços


Num prazer que me dá inteiro ou em pedaços


Sem coincidências nem acasos