sexta-feira, 4 de junho de 2010

Verde Ramaria

Verde Ramaria

Que me concede mais uma poesia

E pela estradinha desenhando em ziguezague aterrada

Lá se vai a Romaria

Tão longe vai que já nem mais escuto a cantoria

Clamando e chorando seus ais na languida melodia

Agora nesse momento sinto apenas a aragem,

balançando um sino preso na janela

E um pequeno giro do cata-vento de folhas de seda amarela



A verde ramaria ainda brilha tendo a ventania nas folhagens

Logo anuncia uma chuva ao entardecer

E me concede novamente força pra caneta fremente escrever

E assim a chuva desce assentando o pó da estradinha ao longe

No ziguezaguear encharcando a verde ramaria

dando viço as folhagens e aos pastos fertilidade

E vida a poesia



Ei! Alguém corre lá no quintal, pra tirar as roupas pendurada e já encharcadas no varal

E depois entre na varanda , que a chuva não abranda e já é temporal

E pela vidraça eu contemplo ,ouvindo o cantar do vento a paisagem acinzentada

E mesmo o tempo fechado

Pela vidraça separado

Ainda entra o aroma de terra molhada

E a verde ramaria como nunca se esconde

Traz inspiração aos montes

De mais uma rascunhada

Um comentário:

ValeriaC disse...

Lindo poema Mel... que delícia o cheiro de terra molhada... e a chuva molhando a verde Ramaria...
Fertilizando tudo pelo caminho...e florescendo a poesia...
Belo final de semana!
Beijos
Valéria